10. Pusha-T
O presidente da “GOOD Music” tem se mostrado em uma transição absurda a cada ano que se passa, desde a sua aura mais espiritual até a sua referência lírica com o mundo das drogas, que hoje em dia é uma marca indispensável quando se fala do Pusha. E recentemente tivemos o lançamento minimalista de “Daytona“ que mostra mais uma das formas do rapper, um trabalho cheio de energia e detalhes, mostrando que Pusha-T está pronto, seja para um próximo álbum ou para um canadense com raiva.
Disco essencial: Daytona
-Erick
09. Mac Miller
Mac Miller teve uma carreira extremamente sólida. A mixtape KIDS foi seu cartão de visitas para a década e é sem dúvidas um clássico do rap internacional e não parou por aí: Best Day Ever, Blue Slide Park, Watching Movies With The Sound Off, The Divine Feminine e a coroação definitiva em Swimming. Nesta sequencia vemos como um potencial extremamente promissor possui várias facetas sem nunca perder qualidade. Até mesmo trabalhos mais experimentais como o caricato Delusional Thomas (nome de uma de suas personas) possuem um papel enriquecedor na discografia e carreira do rapper. O talento e originalidade de Malcolm, respeitado por todos os grandes nomes da cultura, certamente firma sua posição nesse top10.
Disco Essencial: Swimming
-ASCENCIO
08. Travis Scott
Lá por 2015, saiu um trampo de um mano que pouca gente conhecia e de começo eu não curti, mais depois entendi a proposta e nunca mais saiu do play, “Rodeo” é tipo uma carta de apresentação e um puta álbum de estreia do Travis Scott, que depois de fazer um barulho com “Owl Pharaoh” (que eu só fui ouvir bem depois), posteriormente chamou atenção do Kanye West que o proporcionou oportunidade de dar uns pitacos no Yeezus (tem créditos em New Slaves, I Am God e Guilt Trip). Chegando ao fim da década, Travis lançou dois álbuns que não são (na opinião pública) tão bons quanto seu disco de estréia e as mixtapes que o precedem, porém Birds e Astroworld atualmente são as trilhas que andam levando os caminhos da cena do trap não só americano como também brasileiro e europeu em alguns casos.
Disco essencial: Rodeo
-Shaq
07. Future
Future é o grande artista da curtíssima história do trap. Mais bem sucedido comercialmente, já pode ser considerado um MC experiente na cena do rap, é um dos mais prolíficos entre os maiores artistas com 31 projetos na década entre álbuns, mixtapes, colaborações etc, sendo superado talvez apenas por Gucci Mane (aka pai do trap). Seguindo influências do próprio Gucci, Lil Wayne, Kanye West entre outros, o estilo único de Future, usando o trap com o r&b, a vulnerabilidade emocional e a exaltação à vida de *farra* foi importantíssimo para a popularização do subgênero, tendo toda essa geração do emotrap bebida da fonte do MC de uma forma ou de outra.
Disco essencial: DS2
-JH
06. Young Thug
Enquanto Future influencia em uma linha, Thugga influencia na outra parte do trap. Sendo um dos nomes mais cultuados na atualidade, seu estilo vocal exótico e completamente único é seu maior destaque. A habilidade de usar sua voz “diferente” pra cantar de uma forma tão cativante e com flows impecáveis não tem precedente na história do rap, mas tem seguidores: Playboi Carti, Gunna e Lil Baby são exemplos de trappers que seguem fielmente (as vezes demais) o estilo, mas ainda sem atingir o padrão do MC, que merece essa posição com um grande número de trabalhos que serão ouvidos daqui 20 anos e citados como alguns dos mais influentes álbuns e mixtapes da história do rap.
Disco essencial: JEFFERY
-JH
05. Tyler, The Creator
Entrando no top 5, Tyler entrou na década com seu álbum de estréia Goblin, pós a mixtape muito bem sucedida (que comemorou 10 anos a alguns meses) “Bastard”. Do inicio da década até hoje, vemos um Tyler em constante experimentação e amadurecimento, sempre inovando nos projetos e fazendo uma metamorfose diante dos nosso olhos em tudo que se propõe a fazer, por exemplo quem imaginaria que o adolescente perturbado que queria chocar a sociedade se tornaria o diretor criativo da Converse, dono da própria marca (GOLF) e envolvido em um milhão de paradas com o mundo do high fashion. Não só no mundo da moda Tyler nos surpreendeu, passando do cara que queria esfaquear a cara do Bruno Mars enquanto comia uma barata, ao calmo e apaixonado de “November” em seu álbum mais fora da curva Flower Boy. Resumindo e concluindo Tyler, The Creator é um MC, cantor, produtor, diretor, etc etc que abre com muito merecimento o top 5.
Disco Essencial: Flower Boy
-Shaq
04. Drake
Embora receba muito ódio da comunidade, é impossível fazer essa lista sem a presença de Aubrey. Uma máquina de recordes, na década Drake foi o artista com mais streams em suas músicas, o artista que passou mais semanas com a música #1 da Billboard, teve a tour mais lucrativa da história do hip hop entre outros números. Para além disso, apesar de não ter sido exatamente o inventor de nada, usou as pegadas deixadas por nomes como Kanye West e Trey Songz para construir sua cara em um estilo que era relativamente único na sua geração (tendo surgido com rappers bem mais diretos como Kendrick, Cole, Wiz ou Rocky) e influenciou completamente a popularização de seu estilo mais vulnerável emocionalmente e mais misturado com o pop e R&B sem o qual não existiriam artistas como Post Malone e Swae Lee. Embora não tenha tido nada realmente muito bom na segunda metade da década, seus primeiros trabalhos, seus números e sua influência o tornam uma presença certa neste top 5.
Disco Essencial: Take Care
-JH
03. J. Cole
Cole desde o seu álbum de estréia, em 2011, demonstrava ter potencial, vendas nunca foram um problema, Cole World: The Sideline Story foi um sucesso nesse sentido, mas faltava algo. Faltava o prestígio do jogo, a consolidação que para alguns, como o seu companheiro de geração K-Dot, fora imediata logo nos primeiros projetos de uma grande gravadora. Jay Z queria do garoto um hit, Nas queria dele um clássico. Born Sinner veio dois anos depois, com grandes faixas, algumas comerciais, outras mais skiladas, um misto de sensações que ainda não havia convencido. A confirmação de que estaríamos diante de um grande nome do rap veio em 2014 Forest Hills Drive, a obra prima responsável por tornar seu nome incontestável dentre os melhores de uma geração. J Cole é o seu fakedeep favorito.
Disco Essencial: 2014 Forest Hills Drive
-ASCENCIO
02. Kanye West
O homem mais controverso do show bussiness desde 2004. Poderia parar o texto por aqui, mas Kanye nesses últimos dez anos fez tanta coisa (boas e ruins) que em resumo lhe rendeu a prata, em baixa depois de um vacilo público para o mundo todo (que mais tarde se provou um ardil contra o Mr. West), Kanye se isolou no Havaí com sua cúpula de produtores, amigos próximos e familiares e nos presentou no primeiro ano da década com um dos discos mais bem executados da música nos últimos 30 anos (se não mais). Desde então, West vem se desdobrando em mil para atender as diversas frentes em que se propôs criar para, seja entregando bons álbuns, oito no total contando os colaborativos desde 2010, que na minha opinião tem somente tem somente ‘ye‘ como ponto mais baixo em termo de criatividade lírica. Produzindo Ye segue impecável, para si e para outros, grande destaque para a produção do disco do Nas. Em 2020 prometeu se candidatar a presidência, o que provavelmente não acontecerá, pois agora Kanye segue em uma campanha de evangelização global.
Disco Essencial: My Beautiful Dark Twisted Fantasy
-Shaq
01. Kendrick Lamar
A posição número 1 não necessitava de muito debate: todos sabem que é de Kendrick. Dono de um dos melhores catálogos da história do hip hop e com diversas entradas em listas de melhores álbuns da década (sendo ‘To Pimp A Butterfly’ o álbum mais citado como melhor da década entre todos os gêneros, empatado com MBDTF), Kendrick dominou o mundo do rap desde seu primeiro disco, Section .80, até o último, DAMN. O rapper empilhou prêmios, hits e é o nome mais respeitado da ativa, não havendo discussão sobre quem é o Best Rapper Alive. É possível garantir hoje, em janeiro de 2020, que daqui a dez anos ele ainda figurará este tipo de lista. A única coisa que o afasta da discussão de maior rapper da história é o fato de ele ainda ser “novo” – mas isso parece ser só questão de tempo.
Disco Essencial: To Pimp A Butterfly
-JH