TOP 10 Álbuns (NACIONAIS) de 2018

1 – “O MENINO QUE QUERIA SER DEUS” por Djonga

Esse ano, Djonga surpreendeu positivamente com uma evolução monstruosa, comparado ao trabalho do ano passado, OMQQSD corrige tudo de “errado” ou que foi criticado em seu antecessor. Com o MC de minas cuspindo linhas duras e críticas, sob boas produções do parceiro de longa data Coyote, Djonga conseguiu mostrar o que sabe e faz nas participações em um trabalho próprio, tomando para si uma grande parte das atenções do cenário e gerando uma expectativa do que ainda pode apresentar no futuro.

– Shaq

2 – “Gigantes” por BK

Mesmo estando consolidado como um dos rappers mais populares e influentes do país após sua estreia solo,  BK ainda era alvo de questionamentos, principalmente no que diz respeito à manutenção da qualidade do C&R. Além disso, haviam também certas críticas a respeito de sua escolha de beats, julgada como monótona por alguns. O álbum Gigantes respondeu a todos esses questionamentos: há versos do BK tão bons ou até melhores dos que ele havia escrito na época do SNS (talvez seu auge lírico), e os temas abordados pelo rapper nunca foram tão maduros. Em relação à produção, o carioca circulou entre atmosferas bem diferentes, indo desde bangers a tracks com um certo ar de homenagem/nostalgia. Ainda assim, a produção não foi unanimidade entre os ouvintes, mas Gigantes provou que a caneta do BK está mais certeira do que nunca, e agora aliando sua criatividade a uma maturidade jamais vista.

– 20

3 – “Audaz” por Filipe Ret

Como fã do Ret, tava meio receoso do que poderia vir em Audaz, e esse receio tinha nome: REVEL. Mas, fui surpreendido positivamente pelo jogador camisa 10 apaixonado, que lançou esse puta trampo, um álbum muito mais maduro do que os dois primeiros. Audaz soa mais focado e mais consciente tanto na escolha de uma produção que o complementasse enquanto MC (que foi um fator negativo no segundo álbum do rapper), quanto nos versos (outro fator que deixou a desejar no antecessor), encerrando essa trilogia com chave de ouro.

– Vinar

4 – “Fazendo Grana pro Meu Filme” por Rodrigo Zin

Para muitos, a intenção primordial deste trabalho era manter a essência excêntrica do Zin, ao mesmo tempo que nos é apresentado o lado comercial do artista. A verdade é que o objetivo era fazer grana para o filme dele, como o título explica. O trabalho é comercial e foi o segundo de três álbuns em um ano do jovem garoto. É recheado de bons feats e refrões chicletes.

– Dourado

5 – “S.C.A.” por FBC

“Sexo, Cocaína e Assassinatos” traz a real vivência da quebrada e mostra a trajetória e superação de vida do FBC. Com dez faixas que contam com algumas participações, o álbum deixa transparente a dor e as dificuldades das pessoas que são deixadas à margem da sociedade. “Eu vim de um lugar onde o hip hop era a única forma de diversão, o hip hop, a igreja, o boteco, a boca e o campo de futebol vocês conhecem essa realidade, o hip hop salvou minha vida”, diz FBC. E se pra você “Superstar” tem a ver só com um tênis, você sempre teve tudo que quis na vida.

– Cottta

6 – “Foodstation” por Soundfood Gang

“Foodstation” é um álbum para fidelizar a freguesia.  A galera que já curtia o som dos maiores nomes da banca, niLL e Young Buda, nesse projeto, se vê imersa num universo particular expandido da SFG. O compilado tem tudo que você já ouviu dos caras e amou, e vai além. Se você não conhecia o restante da gang mais otaku do Rap Nacional, por favor dê play logo. Todos os MC’s se complementam com o que têm de melhor, e nem me deixe começar a falar do remix de Fiat 1995…

-ASCENCIO

7 – “Vendedor de Sonhos” por RT Mallone

Se você ainda não conhece o RT Mallone, essa é tua chance. O juizforano, membro da Artefato, soltou uma mixtape como quem não quer nada e se colocou como um dos nomes mais promissores dos próximos anos. “Vendedor de Sonhos” é uma demonstração ímpar de lírica e técnica na cena nacional, de um nome que vem de fora do chamado eixo, e só isso seria um bom motivo pra ouvi-la, mas além da monstruosidade de sua caneta, o RT entregou ao ouvinte um trabalho no qual o coração aberto é a marca: sem medo de expor suas angústias e ambições, o mineiro se impôs como uma das melhores surpresas do rap nacional em 2018.

– 20

8 – “VARONILH” por Vandal

OH FARAOH VERDDADDEIROH DEH NEWH CITTYH VOLTTAH MAIZH UMMAH VEZH KOMH UMH TRAMPOH IMMVEJAVVELH, VARONILH EPH KOMH TREZH FAIXAH EH AH VIZAOH VERDADEIRAH DE VANDALH DAH SUAH REALIDADEH. TEMH ALGUMAZH PITTADAZH DOH GRIMEH ORIGINALH DEH VANDALH  KOMOH PORH EXEMPLOH EMH VULTUREH, MAZH OQH TEMOZH DEH VERDDADEH É UM HARDH TRAPH ORIGINALH E BAIANOH. UMH VANDALH MAIZ INTROZPECTHIVOH EMH NOVAH SALVADORH PARTH 2, KOMH FLOWH IMMCONFUMHDDIVELH EMH VARONILH, PUROH BANGERH. CREMENOW STUDIOS KOMH A PRODUÇHAOH PORH IMMTEIROH DO EPH (MIXH,BEATH E MASTERH). VANDALH EH ORIGINALH, AZH VEZEH VEJOH AH TRANSPARENCIAH SENTIMMENTALH DELEH KOMOH AZH DEH ARTISTAZH DE GRIMEH DE LONDREZH, MAZH KOMH UMAH VIZAOH EH MUZIKALIDADH TOTTALMENTTEH ORIGINALH DEH NEWH CITTYH!!!

– ERICKH

9 – “Halloween o Ano Todo” por Yung Buda

Depois de “Músicas para Drift” – segundo trampo do rapper – que foi um puta projeto, muito se especulou sobre qual seria o próximo passo do Yung Buda. “Halloween o Ano Todo” atendeu bem às nossas expectativas, principalmente por trazer um som diferente do primeiro álbum, mas mantendo a qualidade de produção e a persona do MC que curte animes e drifts de Subaru Azul

– Vinar

10 – “Francisco Oceano” por Rodrigo Zin

Um álbum que é intitulado como EP. Um álbum de título ambicioso e marcante. Com um conceito baseado na expansão do Oceano, baseado em ser conceitual e cheio de camadas tal como Frank, sem fundamentar uma vírgula sequer no pai dos filhos de Francisco. É um excelente trabalho de apresentação para o estilo não ortodoxo de Rodrigo Zin, que brinca com melodias e, apesar da água, pode deixar sede de mais.

-Dourado

A Inverso é um coletivo dedicado a cultura Hip Hop e o seu lugar para ir além do comum.